sábado, 21 de mayo de 2011

Feria Linguistica (Portugues)

Saci-Pererê
O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num  jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.  
O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.  
Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.  
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.  
A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da 
literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.   
Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de 
Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido nas décadas de 1970-80. O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.
Dia do Saci
Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do 
Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci ( 31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuíndo a influência do cultura norte-americana em nosso país. 
SACI PERERE 
FRANZ KREUTER PEREIRA 
LENDAS DO BRASIL 
MITOLOGIA E FOLCLORE
Entidade fantástica, negrinho de uma só perna que, segundo a crença popular, persegue os viajantes pedindo fumo ou lhes arma ciladas pelo caminho.Peralta e perneta, usa uma carapuça vermelha e um cachimbo na boca, e vive atazanando a vida das pessoas. Assusta o gado no pasto, dá nó no rabo dos cavalos,  trança suas crinas e cria pequenas dificuldades domésticas.A carapuça vermelha é mágica e o faz ficar invisível e aparecer ou desaparecer num redemoinho de vento.Ele se faz anunciar por um assobio estridente.Para apanhá-lo pode-se usar um rosário ou uma peneira de taquara. 
Quem conseguir tirar sua carapuça receberá "favores". O saci povoa o imaginário das pessoas simples e é mto temido nos confins de nossos sertões...mas não é maldoso, só brincalhão. Sua popularidade se deve muito a Monteiro Lobato, que o transformou em personagem do "Sítio do Picapau Amarelo" onde Pedrinho, em uma de suas aventuras pela floresta do taquaral, pegou o Saci. Desde então, ele se diverte pregando sustos na tia Nastácia. 
Saci ou Matin - No Pará e no Amazonas, a imagem do saci é a de um curumim que anda numa única perna e tem os cabelos cor de fogo. Usa um gorrete vermelho e está sempre com seu cachimbo. Dizem que o saci tem por companheira uma velha índia - ou uma preta velha, maltrapilha, cujo assobio arremeda seu nome: Mati-Taperê. Alguns crêem que ele é filho do Curupira; outros o identificam como um pequeno pássaro que pula numa perna só; há também aqueles que dizem que as mãos dele são furadas no centro.
Mito do folclore Brasileiro, bastante difundido de a Norte a Sul, através de inúmeras variantes: Saci Cererê, Saci Taperê, Mati Taperê, Matinta Pereira, Martim Tapirera e Martim Pererê.
O mito tem procedência ameríndia, de fonte tupi-guarani. Teria sido, primitivamente, um mito ornitomórfico: pássaro encantado e, ainda hoje, em diversas versões, o saci é uma ave. transformou-se, depois, em mito antropomórfico: negrinho de um pé só, com uma carapuça vermelha e cachimbo na boca. De todas as formas esta última é a mais popular. É uma espécie de duende que vive de noite, a perturbar os viajantes e tropeiros, pedindo fumo e fazendo-os errar os caminhos. É interessante que mesmo nos dias atuais, entre os roceiros, coloca-se fumo para o Saci nos galhos de árvores a fim de afastar as suas diabruras.
Dizem que, de noite, faz trança nas crinas dos cavalos e costuma assobiar e gritar: "Saci Pererê, minha perna dói como o quê!". Tudo que se encontra revirado, da noite para o dia, nas fazendas do interior, é atribuído a esse pitoresco demônio do folclore Brasileiro. Além disso, tem especial prazer em azedar o leite, gorar os ovos das galinhas e impedir o milho-picoca de rebentar. No extremo-norte, onde a influência ameríndia é mais intensa, o primitivo mito ornitomórfico sobrevive sob forma do pássaro encantado Matinta Pereira, que traz desgraças e sofrimentos. A antropomorficação do mito primitivo primitivo primitivo apresenta um influxo indireto do elemento negro. O Saci adquiriu feição de moleque brincalhão. Outra transformação, mais complexa, é a versão de Romãozinho, também um negrinho notívago que faz estripulias nos terreiros e, às vezes, dentro das próprias casas. Em torno desse personagem se formou uma lenda: Romãozinho era um negrinho desobediente e mau, que bateu em sua mãe e foi condenado a perambular de noite pelos campos e matos.
Uma das figuras mitológicas mais populares parece ser o Saci-Pererê. Inúmeros escritores já o colocaram em seus livros. Mas as características frequentes variam. Começa a fazer suas aparições nas histórias de fins do século XVIII e a partir daí fixa-se no mundo fantástico da cultura popular.
O Saci-Pererê é um negrinho de uma perna só, ágil, astuto e atrevido, gosta de fumar cachimbo e usa uma carapuça vermelha (que dá o poder de se tornar invisível). Pertuba a vida doméstica, apagando o fogo e queimando os alimentos, escondendo objetos na hora em que mais se precisa deles, trança os rabos e crinas de cavalo, mas nunca faz maldades.
Espanta também os animais. Assusta os viajantes, pedindo fumo. Aparece e desaparece no meio de um currupio de vento. Para se apanhar o saci, pede-se usar um rosário, uma peneira ou dar três nós num pedaço de palha. É constante no folclore do Sul, principalmente nas regiões povoadas pelo índio tupi-guarani, de cujo idioma nasce o nome. Em várias localidades paulistas contam histórias do Saci-Pererê. Não é maldoso, porém brincalhão como toda criança.
Iara
Quando a feiticeira Circe, aconselhou Ulisses à amarrar-se no mastro de seu navio e tapar com cera as orelhas de seus marinheiros para que não pudessem ouvir o cântico das sereias, já se tinha notícia do perigo das suas doces vozes e de quanto elas eram fatais.
Mas quem eram estas sedutoras e encantadoras criaturas, cujo canto não resistiam os homens e atendendo aos seus apelos eram mortos e devorados? 
As Sereias estão associadas ao grupo das divindades da morte, como as Harpias e Eumênides. Segundo a lenda, viviam no litoral sul da Itália. Possuíam à princípio, o corpo de um pássaro com busto e rosto de mulher. Mas com o tempo mudaram sua aparência. A metade pássaro de seu corpo foi substituída pela cauda de um peixe.
Na antiguidade, seu mito ligava-se ao culto dos mortos. Isto também mudou e apenas o documentam as estátuas de sereias nos sepulcros.
A Sereia apareceu no Brasil trazida pelo colonizador português e já chegou aqui como sendo uma mulher-peixe, registrada no fabulário ibérico de século XV. O sincretismo deu-se facilmente somando-se ao conhecimento indígena, surgindo a Mãe D'Água, como uma das muitas mães de concepção das tribos aqui presentes. Mesmo assim, estes registros não são tão antigos, pois não foi encontrado nada a respeito nas crônicas do período colonial. Não se conhece nenhum documentário brasileiro fazendo menção à mãe d'água, moça bonita de cabelo loiro e olhos azuis, senão na segunda metade do século XIX. Mas daí para cá, são inúmeros os relatos.
Em Portugal, de onde nos veio o mito, há duas designações para essa personagem mítica: no litoral do continente, Sereia. E, no arquipélago dos Açores, Feiticeira Marinha. As cantigas populares fazem referência a uma ou a outra:
"Lá no meio desse mar 
saiu-se a senhora Sereia 
lá no palácio d'el rei"
E nos Açores:
"Escutai se quereis ouvir: 
ouvi um rico cantar; 
devem ser as Marinhas 
ou os peixinhos do mar."
Para nós, a Mãe D'água, apresenta-se sob diferentes nomes e formas e até mesmo sexo: Iara, Iemanjá, Boto.
Jaguarari, o filho do tuxaua dos manaus, era belo como as frescas manhãs de sol nas águas do Grande Rio. Tinha a força e a destreza do puma que domina a mata brava, mas muito o excedia na audácia em perseguir a caça e afrontar o inimigo.
Quando ele navegava na sua igara (canoa), deslizando sobre as águas silenciosas, que a proa, como a asa de um pássaro, apenas frisava, as graças ariscas, por vê-lo, não fugiam da beira do rio, e os jacamins vinham saudá-lo roçando os peitos no chão.
Nas grandes festas com que as tabas dos manaus, reunidos ao rufar do trocano, celebravam a admissão dos mancebos à fita dos guerreiros, nenhum jovem igualou Jaguarari na altivez do porte, nem na agudez da vista, nem na firmeza do braço.
Os velhos o respeitavam, as moças o amavam, os guerreiros o admiravam e nos seus cantos o nome de Jaguarari soava como o daquele que um dia, iria gozar do supremo bem nas Montanhas Azuis, a sonhada Mansão dos Bravos.
Quando ao florescer da frondosa mamaurana, a sua igara passava junto do barranco do rio, embaixo da verde ramagem debruçada sobre a corrente, as brisas sacudiam os galhos e derramavam nos negros cabelos do filho de tuxaua uma chuva de flores.
Nas tardes purpúreas, quantas vezes a sua canoa, ruborescia pelo poente e tauxiada de sombras esquias de árvores marginais, não subia em demanda da ponta do Turumã, onde se quedava, solitário, até ao meio dia!
-"Que pescaria é essa, filho, que se prolonga com as sombras, à hora em que só Anhangá se deleita em correr as terras e as águas? Não ouviste alguma vez a sua voz temerosa trazida pelo vento gemedor? Meu filho, meu filhinho! Anhangá espalha pelo capim rasteiro e pelas folhas dos arbustos as sementes das dores que matam!"
Assim falava a pobre mãe do tapuia quando via o filho entrar na habitação paterna à horas mortas, vindo dos lados do rio, e ficar insone, noite a dentro, com as pernas pendentes na rede, os cotovelos fincados nos joelhos e os olhos fundos e tristes a olharem, pungentemente, para fora, para o rio, para a noite, para o seio negro da escuridão...
As enternecidas palavras de sua mãe, Jaguarari respondia apenas com um olhar, o olhar daqueles olhos tristes e fundos, onde se sentia a crispação de vertigens das profundezas.
-"Filho, não faz muito tempo, a alegria esvoaçava à flor de teus olhos como as marrequinhas à tona da lagoa. Por que foi ela fazer tão longe de ti e de mim o seu ninho?".
-"Mãe!", murmurava ele apenas, fazendo um vago gesto. 
E o seu corpo, que tinha o frescor e a seiva do talo de uma palmeira, murchava sempre; o cupim roaz picava-lhe o coração.
Ele acompanhava ainda o tuxaua nas expedições de caça e o seu braço não treme ao rugido do canguçu. Mas, ao cair da tarde, evita os jovens guerreiros que armam laços para prenderem as aves silvestres e foge dos grupos que vagueiam pelas coroas do rio atirando redes de pesca. 
Sozinho, salta na leve igara e voa até à ponta do Turumã, onde os companheiros o vêem de longe, com os olhos fitos no espelho das águas, solitário e tristonho como o meditativo maguari.
Um dia, cheia de apreensões funestas, sua mãe exclama:
-"Filho, os juruparis perversos envenenaram o ar que respirar. Acauã (pássaro agoureiro) vem agora cantar à nossa porta. Teu pai quer fazer longe daqui a nova taba para nossa gente. Só assim a ave da alegria voltará a esvoaçar em teus olhos..."
Depois de profundo silêncio, Jaguarari suspirou:
-"Mãe, eu a vi!....Eu a vi, mãe, boiando em flor como os nenúfares nas águas do igarapé. É linda como a lua nas noites mais claras. Eu a vi mãe! Seus cabelos tem a cor das flores do pau-d'arco e o brilho do sol; suas faces tirando o rosado das penas da colhereira e das flores da sapucaia. Os passarinhos que mais cantam não cantam como ela; ela é bela como nenhum homem das tabas do Grande Rio viu, nem verá. Ela cantava e à sua voz a própria cachoeira do Turumã cessou de roncar e parou, de certo para ouvi-la. Ela olhou para mim, ó mãe, e estendeu-me os braços. Depois, repartiram-se as águas e ela desceu para sua casa, que foi esquecida lá no fundo pelo céu, num tempo não muito longe, quando o céu se estendia como embaixo de nós, a campina matizada de flores, antes de subir e de arquear sobre as nossas cabeças a sua concha estrelada. Mas eu quero vê-la novamente, eu quero ouvir ainda o seu canto!"
A tapuia horrorizada clamou:
-"Foge, foge daquele maldito lugar! Nunca mais a tua igara demande à ponta do Turumã. Foge, meu filho! Tu viste a Iara! O seu canto é agonia! Foge Jaguarari! É a Iara! De dentro de seus olhos verdes te espia a Morte!" 
E em soluços a velha tapuia atirou-se por terra.
No dia seguinte, à hora em que os trocazes aos casais passam alto, fendendo os ares em demanda do pouso da noite, a igara de Jaguarari deslizava nas águas do Rio Negro. 
Os mancebos manaus que o viram passar, disseram:
-"Lá vai Jaguarari pescar tucunaré".
Mas, de súbito, de um grupo de mulheres que lavavam ânforas de barro à beira do rio partiu um grito:
-"Corre, gente. Corre, vem ver!"
Acudiram os jovens e pararam atônitos, olhando a barra o horizonte, fendia as águas com Jaguarari de pé, abertos os braços, como uma grande ave selvagem prestes a desferir o vôo. A igara parecia marchar em direção ao sol, a fim de precipitar-se no seu disco abrasado. E ao lado do jovem guerreiro, enlaçando-o como a beijá-lo, surgia, num halo de luz argêntea que se destacava no rubor do poente, um corpo alvo, de formas harmoniosas, coroado de longas madeixas de fios de ouro a esvoaçarem.
IARA, RAINHA DOS RIOS
A Sereia Brasileira, atende pelo nome de Iara e vive no fundo os rios, à sombra das florestas virgens. Conta a lenda amazônica que uma noite um índio sonhou com uma bela mulher de cabelos loiros, olhos azuis e pele muito clara. Tal fada estava à entrada de um imenso castelo de cristal recoberto de ouro e safiras de onde vinha uma música celestial. O  jovem apaixonou-se à primeira vista e ouviu a linda mulher lhe propor amor eterno. Um dia navegando pelo rio, o índio viu formar-se sobre as águas uma choupana e, por detrás da janela, apareceu a mulher de seus sonhos que lhe sorria. Apaixonado e enfeitiçado foi até a choupana que flutuava sobre as águas. O pai do índio pode ver que o corpo da mulher tinha uma cauda, igual a de um peixe, e que, agarrando seu filho, se jogou na água, mergulhando para nunca mais voltar.
Alguns indígenas e caboclos juram já ter visto a Iara, como passou a ser chamada. em muitos rios e igarapés. A crença neste mito é tão grande, que, pelos lugares em que mora a Iara, segundo a tradição, ninguém tem coragem de passar em determinada hora da tarde. Em algumas ocasiões, comenta-se, ela mostra-se com pernas para logo em seguida transformar-se em sereia. É nesta forma que atrai suas vítimas. Para livrar-se do poder de sedução de Iara, aconselham os indígenas, deve-se comer muito alho ou esfregá-lo por todo o corpo.
Numerosas são as lendas em torno de Iara, seus encantamentos e artimanhas. É o mito que mais inspirou poetas brasileiros. José de Alencar, por exemplo, incluiu no romance "O Troco de Ipê" um conto sobre a mãe-d'água, em que figura um palácio de ouro e de brilhantes no fundo do mar.
O simbolismo mais conhecido da sereia é o da sedução mortal. Com toda certeza, ela é uma tentadora (" As asa da sereia são o amor de uma mulher, que está pronta a dar e a retomar", escreve Pierre de Beauvais). Mas a paixão inflamável que ela inspira é perigosa, porque provém do sonho e do inconsciente, e por isso é sonho insensato, fantasma irreal. Para preservar-se da paixão ("o amor é cego!"), é necessário, como Ulisses agarra-se à dura realidade do mastro. Sob a influência egípcia, na qual a alma do morto era representada na forma de pássaro com cabeça humana, a sereia se tornou a representação simbólica da alma do morto que falhou em seu destino e transformou-se em vampiro devorador.
Rosane Volpatto 
Bibliografia consultada 
Os Mistérios da Mulher - M. Esther Harding 
Bibliografia do Folclore Brasileiro - Braulio do Nascimento

Curupira
É interessante que geralmente se use o artigo definido masculino "o" para referir-se a este fantástico ente das florestas a quem se empresta justamente o atributo feminino da maternidade. Realmente, no interior paraense ou amazônida, não se referem a este ser como se fora uma mulher: é sempre "o curupira", mas no entanto lhe é reconhecida de maneira generalizada a proteção da flora e fauna sob o nome genérico e extensivo de "mãe do mato". 
Descrito como sendo um pequeno ser com traços índios, segundo alguns com os pés voltados para trás, cor escura, o curupira possui o Dom de ficar invisível. 
Guardião das florestas e dos animais, é entretanto protetor daqueles que sabem se relacionar com a natureza, utilizando-a apenas para a sua sobrevivência, ou seja, o homem que derruba árvores para construir sua casa e seus utensílios, ou ainda para fazer o seu roçado e caça apenas para alimentar-se, tem a proteção do Curupira. Mas aqueles que derrubam a mata sem necessidade, os que maltratam plantas e animais, os que caçam por pura perversidade, estes tem no Curupira um terrível inimigo. 
E como o Curupira se vinga daqueles que afrontam a natureza? Há muitas maneiras diferentes e os povos da floresta contam histórias e mais histórias... 
Dizem que o Curupira faz o mau caçador perder a noção de seu rumo e ficar dando voltas no mato, retornando sempre ao mesmo lugar. Para escapar e salvar-se, só pegando um cipó no mato, fazendo um trançado, escondendo as pontas, jogando para trás sem olhar e gritando: 
•Curupira, quero ver se és capaz de desfazer este trançado! 
Diante do desafio, o Curupira vai pegar o cipó entrelaçado e acaba distraindo sua atenção do caçador, que acaba achando o caminho de volta. Outra forma de atingir o malvado é fazendo com que sua arma (arco e flecha, lança ou arma de fogo) fique "panema", ou seja, azarada, e portanto incapaz de acertar qualquer tipo de alvo, principalmente a caça. 
Para acabar com a "panemice" (o azar), tem de procurar pajé que vai fazer banhos de ervas e rezar orações especiais. 
  Se o caçador vai matar um animal fêmea com cria, aí o Curupira fica realmente zangado e faz com que a pretensa caça vire meuã. Virar meuã é, de repente, portar-se como se gente fosse, e fazendo os gestos como implorar piedade. Neste momento, o caçador fica assombrado, não consegue mais fazer pontaria e foge apavorado, procurando o rumo de casa. Tem também que procurar pajé. Dizem que pessoas que viriam animais virarem "meuã" nunca mais quiseram saber de caça... 
Como se vê, o Corupira - a mãe do mato é, acima de tudo, em tempos atuais, uma entidade ecologicamente correta... 
Boto

Existem dois tipos de botos na Amazonia, o rosado e o preto, sendo cada um de diferente espécie com diferentes hábitos e envolvidos em diferentes tradições. Viajando ao longo dos rios é comum ver um boto mergulhando ou ondulando as águas a distância. Se diz que o boto preto ou tucuxi é amigável e ajuda a salvar as pessoas de afogamentos, mas o rosado é perigoso. Sendo de visão ineficiente, os botos possuem um sofisticado sistema sonar que os ajuda a navegar nas águas barrentas do Rio Amazonas. Depois dos humanos eles são os maiores predatores de peixes.

A Lenda 

A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava lembrar ou dizer como piada quando uma moça encontrava um novo namorado nas festas de junho.
É tradição junina do povo da Amazônia festejar o nascimento de Santo Antonio, São João e São Pedro. Em estas noites se fazem fogueiras, se atiram foguetes enquanto se desfrutam de comidas típicas e se dançam quadrilhas e outras danças ao som alegre das sanfonas.
As lendas contam que em estas noites, quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto rosado aparece transformado em um bonito e elegante rapaz mas sempre usando um chapéu, porque sua transformação nao é completa, pois suas narinas se encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco.
Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio.
Durante estas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire para que não pensem que ele é um boto.
Boitatá
O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato. 
Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. Às vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
Fazia bastante tempo que havia anoitecido. As pessoas estavam apavoradas, pensando que o dia não voltaria mais. E como a noite estava durando muito, tudo ficou desorganizado. Não havia mais carne. As colheitas não podiam ser feitas no escuro e ficaram perdidas. Todos estavam cansados da escuridão, daquela noite estranha, onde não brilhavam a lua nem as estrelas, onde não se ouvia um rumor, nem se sentia o cheiro dos pastos e o perfume das flores. 
Tão grande era a escuridão, que as pessoas tinham medo de se afastar e não encontrar mais o caminho. Ficavam reunidas em volta das pequenas fogueiras, embora as brasas, cobertas de cinza, mal esquentassem... Ninguém tinha coragem sequer para soprá-las, tão desanimados estavam todos. 
Não muito longe, numa gruta escura, vivia a Boiguaçu - a Cobra Grande - quase sempre a dormir. De tanto viver no escuro, seus olhos tinham crescido e ficado como dois faróis. 
No início da longa noite, caiu uma chuva tão forte e seguida, que todos os lugares baixos foram inundados. Os bichos atingidos correram, aos bandos, para os lugares mais altos. Só se ouviam berros, pios, gritos. O que salvou as pessoas foram as fogueiras que, então, havia sido acesas.  Não fosse isto, não teriam sobrevivido diante daquela multidão de bichos apavorados. 
A água também invadiu a gruta onde morava a Boiguaçu. Ela custou muito para acordar e quase morreu afogada. Por fim, despertou; percebendo o perigo, deixou o esconderijo e seguiu para onde já estavam os outros bichos. 
Diante da necessidade, todos acabaram ficando amigos: perdizes, onças, cavalos.... Menos o Boiguaçu. O seu mau gênio não lhe permitia conviver com os outros. Ficou de lado, o mais longe possível. 
A chuva cessou, mas com a escuridão que fazia, os bichos não conseguiram encontrar o caminho de volta. O tempo foi passando e a fome apertando. Começaram as brigas entre eles.  Brigavam às escuras, sem enxergar nada! Somente a Boiguaçu via tudo, com seus olhos de fogo. 
Acontece que, se os outros animais sentiam fome, a Boiguaçu também andava com o estômago no fundo. Só não havia atacado por causa da grande quantidade de animais. 
Se a cobra podia ficar muito tempo sem comer, os outros bichos já não podiam mais. 
Ela percebeu isso e viu que era chegada a hora. Preparou-se, então, para o ataque. O que comeria em primeiro lugar? Um cavalo? Uma onça? Uma perdiz? Eram tantos, que ela nem sabia. 
Os bichos têm preferencia por determinada coisa. A Boiguaçu gostava especialmente de comer olhos. Como era grande a quantidade de animais que ela podia atacar, naturalmente ia ficar satisfeita comendo apenas os olhos. 
O animal que se encontrava mais perto era justamente uma enorme onça pintada. A Boiguaçu atacou-a. Fosse em outra ocasião e a onça não teria sido presa tão fácil, não! Porém, enfraquecida pela fome e cega pela escuridão, ela nem reagiu. A Boiguaçu matou a onça e comeu-lhe os olhos. 
Logo depois, atacou outros animais. Mas só comia os olho. 
Gostou tanto que não fazia outra coisa. Ou melhor: também dormia. Quando estava satisfeita, recolhia-se num canto e dormia, dormia.... Depois, quando a fome voltava, ela retornava ao seu trabalho de matar os companheiros. 
Como sua pele era muito fina, ela começou a ficar luminosa, com a luz dos inúmeros olhos engolidos. Os que viram a cobra não reconheceram mais a Boiguaçu e pensaram que fosse uma nova cobra. 
Deram-lhe, então, o nome de Boitatá, ou seja, cobra de fogo, nome muito apropriado, pois realmente ela era uma grande listra de fogo, um fogo triste, frio, azulado. 
A partir de então, as pessoas não tiveram mais sossego. Viviam com medo de ser atacadas pelo monstro. Do jeito que ele andava matando os bichos, logo necessitaria atacar as pessoas. 
Entretanto, tiveram sorte. A preferência do Boitatá foi a sua própria perdição. 
Só comia olhos e, assim, foi ficando cada vez mais luminoso e mais fraco, também, pois os olhos não sustentavam, embora lhe satisfizessem o apetite. Tão fraco ficou que acabou morrendo, sem conseguir sequer sair do, lugar! 
O monstro morreu, mas a sua luz esparramou-se pelos brejos e cemitérios e hoje pode tomar a forma de cobra ou de touro. Parece que, por castigo, o Boitatá ficou encarregado de zelar pelas campinas. 
Logo que ele morreu, o dia surgiu outra vez. Foi uma alegria enorme. As pessoas voltaram a sorrir e as aves, a cantar. Tudo, enfim, voltou a ser como era antes.
Há registro de que a primeira versão da história foi feita pelo padre José de Anchieta, que o denominou com o termo tupi Mbaetatá - coisa de fogo. A idéia era de uma luz que se movimentava no espaço, daí, "Veio a imagem da marcha ondulada da serpente ". Foi essa imagem que se consagrou na imaginação popular Descrevem o Boitatá como uma serpente com olhos que parecem dois faróis, couro transparente, que cintila nas noites em que aparece deslizando nas campinas, nas beiras dos rios. Em Santa Catarina, a figura aparece da seguinte maneira: um touro de "pata como a dos gigantes e com um enorme olho bem no meio da testa, a brilhar que nem um tição de fogo". A versão que predominou foi a do Rio Grande do Sul. Nessa região, narra a lenda que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado afim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais. E de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ao mesmo tempo a alimentação fruga! deixa a boiguaçu muito fraca. Ela morre e reaparece nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar. e de olhos bem fechados. A tentativa de escapulir apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas. No Rio Grande do Sul, acredita-se que o "boitatá" é o protetor das inatas e das campinas. A verdade é que a idéia de uma cobra luminosa, protetora de campinas e dos campos aparece freqüentemente na literatura, sobretudo nas narrativas do Rio Grande do Sul.
As histórias acima fazem parte de um vastissimo conjunto de nossas tradições populares, que desde o século XIX são alvo de intenso interesse e controvérsias entre antropólogos e estudiosos em geral. Uma das primeiras questões que aguçam a curiosidade é a de saber sobre a origem, embora muitas vezes os elementos estejam tão mesclados e se transformaram de tal forma que fica impossível localizar a fonte original. Indicar hipotética fonte, o que se faz sacrificando o conjunto da narrativa, pouco esclarece sobre as adaptações que sofre no tempo e no espaço, quando migra de uma região para outra e recebe novas influências. De fato, no caso, tanto o termo Mboitatá como Caapora denunciam a tradição indígena. 
Mas as escavações para buscar a origem não dão conta de alguns aspectos bastante interessantes. Um deles é perceber que essas, como tantas outras histórias, são narradas cru determinadas situações: que situações são essas; quem conta para quem? Será que mesmo na região onde, em princípio, estariam mais arraigadas elas seriam compartilhadas da mesma maneira por todos os habitantes? Não se deve esquecer também que essas narrativas impõem, para os que nela acreditam, certas atitudes e revelam certos sentimentos em relação aos perigos da floresta; elas também costumam servir de justificativas, como é ocaso de um caçador mal sucedido, que pode atribuir a má sorte ao fato de ter deparado com o Caipora. 
Em regiões onde prevalece a transmissão oral essas histórias desempenham um papel bastante importante na socialização. Contar e ouvir "causos" é uma atividade lúdica, para passar o tempo livre. Na recreação, os indivíduos vão incorporando os valores do grupo em que vivem, e assim aprendem como proceder quando saem, por exemplo, para caçar. Na história do Caipora é inculcada a idéia de que se deve estabelecer limites no abate as presas, e que em dias santos ou sextas-feiras deve-se evitar a floresta. Outras histórias como a da Cuca, nosso papão do universo infantil, ensina que as crianças devem ir cedo para a cama sem fazer traquinagens antes de dormir. Mas o papel da história contada num grupo de seringueiros ou num grupo de pescadores, sobretudo quando não tem muito contato com a vida na cidade, é distinto do papel dessas mesmas histórias na vida de crianças de classe média que ouviam as histórias de sua babá ou de adultos letrados que as ouvem das fontes nativas, dos pais, das instituições de ensino e da indústria cultural e participariam assim simultaneamente da cultura do povo e da cultura erudita. Mas, mesmo numa mesma região, épossível encontrar ausência de consenso quanto à crença em seres fabulosos. Foi o que ocorreu com o antropólogo Eduardo Galvão, quando esteve, em 1948, numa região do baixo Amazonas. Ao recolher relatos sobre seres sobrenaturais, encontrou tanto depoimentos crédulos, sobretudo de seringueiros e de pescadores, que faziam descrições detalhadas de seus encontros com seres sobrenaturais, quanto opiniões céticas de moradores que se referiam à crença no Curupira como "abusão de gente mais velha". Ou comentavam: "são apenas lendas". Obteve um relato de um habitante que dizia acreditar no Curupira, embora jamais tivesse tido uma experiência de ordem pessoal com o ente, pois narrava as histórias que lhe foram contadas pelo avô. 
Fatos como o descrito acima por Galvão, em Santos e Visagens, indicam que as mesmas histórias são partilhadas pelo povo brasileiro de maneira diferente, numa mesma época ou em épocas e gerações diferentes. Entretanto, pode-se lembrar que essas tradições populares são muitas vezes reivindicadas como um meio de revelar todos os brasileiros ou de identificar o modo de ser, pensar e agir de uma região do país. Seguindo uma tradição que, de acordo com 
Peter Burke, tem início no final do século XVIII na Europa. Afonso Arinos. em Lendas e Tradições Brasileiras, vê na descoberta da cultura popular a existência de "um opulento tesouro esquecido". E acrescenta: "Explorai-o, colhei a mancheias, que tocareis na fonte verdadeira da vida de nossa raça e ela repetirá convosco o milagre de Fausto". Embora se possa relativizar o tom ufanístico excessivo do escritor mineiro, não resta dúvida de que vários escritores brasileiros da modernidade, como é o caso de Mário de Andrade (Macunaíma), Raul Bopp (Cobra Norato) e Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas), para mencionar alguns dos mais importantes, estiveram sempre muito atentos às tradições populares brasileiras, o que revela que essas tradições migram e são incorporadas pela cultura erudita.

Guaeira Waldeck
Goordenação de Folclore- EUNARTE
Cobra Norato
No paraná do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, Maria Caninana. 
A mãe sentiu-se grávida quando banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras. 
A tapuia batizou-os com os nomes cristãos de Honorato e Maria. E sacudiu-os nas águas do Paraná porque não podiam viver em terra. 
Criaram-se livremente, revirando ao sol os dorsos negros, mergulhando nas marolas e bufando de alegria selvagem. O povo chamava-os: Cobra Norato e Maria Caninana. 
Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém. Vez por outra vinha visitar a tapuia velha, no tejupar do Cachoeiri. Nadava para a margem esperando a noite. 
Quando apareciam as estrelas e a aracuã deixava de cantar, Honorato saía d’água, arrastando o corpo enorme pela areia que rangia. 
Vinha coleando, subindo, até a barranca. Sacudia-se todo, brilhando as escamas na luz das estrelas. E deixava o couro monstruoso da cobra, erguendo-se um rapaz bonito todo de branco. Ia cear e dormir no tejupar materno. O corpo da cobra ficava estirado junto do Paraná. Pela madrugada, antes do último cantar do galo, Honorato descia a barranca, metia-se dentro da cobra que estava imóvel. Sacudia-se. E a cobra, viva e feia, remergulhava nas águas do Paraná. 
Volta a ser a Cobra Norato. 
Salvou muita gente de morrer afogada. Direitou montarias e venceu peixes grandes e ferozes. Por causa dele a piraíba do rio Trombetas abandonou a região, depois de uma luta de três dias e três noites. 
Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. Nunca procurou a velha tapuia que morava no tejupar do Cachoeiri. 
No porto da Cidade de Óbidos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant’Ana, na igreja que é da mãe de Nossa Senhora. 
A cauda está no fundo do rio. Se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos. 
Cobra Norato matou Maria Caninana porque ela era violenta e má. E ficou sozinho, nadando nos igarapés, nos rios, no silêncio dos paranás. 
Quando havia putirão de farinha, dabucuri de frutas nas povoações plantadas à beira-rio, Cobra Norato desencantava, na hora em que os aracuãs deixam de cantar, e subia, todo de branco, para dançar e ver as moças, conversar com os rapazes, agradar os velhos. 
Todo mundo ficava contente. Depois, ouviam o rumor da cobra mergulhando. Era madrugada e Cobra Norato ia cumprir seu destino. 
Uma vez por ano Cobra Norato convidava um amigo para desencantá-lo. Amigo ou amiga. Podia ir na beira do Paraná, encontrar a cobra dormindo como morta, boca aberta, dentes finos, riscando de prata o escuro da noite: sacudir na boca aberta três pingos de leite de mulher e dar uma cutilada com ferro virgem na cabeça da cobra, estirada no areião. 
Cobra fecharia a boca e a ferida daria três gotas de sangue. Honorato ficava só homem, para o resto da vida. 
O corpo da cobra seria queimado. Não fazia mal. Bastava que alguém tivesse coragem. 
Muita gente, com pena de Honorato, foi, com aço virgem e fresquinho leite de mulher, ver a cobra dormindo no barranco. Era tão grande e tão feia que, dormindo como morta, assombrava. 
A velha tapuia do Cachoeiri, ela mesma, foi e teve medo. Cobra Norato continuou nadando e assobiando nas águas grandes, do Amazonas ao Trombetas, indo e vindo, como um desesperado sem remissão. 
Num putirão famoso, Cobra Norato nadou pelo rio Tocantins, subindo para Cametá. Deixou o corpo na beira do rio e foi dançar, beber e conversar. 
Fez amizade com um soldado e pediu que o desencantasse. O soldado foi, com o vidrinho de leite e um machado que não cortara pau, aço virgem. Viu a cobra estirada, dormindo como morta. Boca aberta. Sacudiu três pingos de leite entre os dentes. Desceu o machado, com vontade, no cocuruto da cabeça. O sangue marejou. A cobra sacudiu-se e parou. 
Honorato deu um suspiro de descanso. Veio ajudar a queimar a cobra onde vivera tantos anos. As cinzas voaram. Honorato ficou homem. E morreu, anos e anos depois, na Cidade do Cametá, no Pará. 
Não há nesse rio e terras do Pará quem ignore a vida da Cobra Norato. São aventuras e batalhas. 
Canoeiros, batendo a jacumã, apontam os cantos, indicando as paragens inesquecidas: 
“Ali passava, todo dia, a Cobra Norato...”. 

EN ESPAÑOL!
Saci Pererê El Pererê Saci es uno de los personajes más famosos del folclore brasileño. Poseer al menos un día en su honor 31 de octubre. Probablemente se originó entre los pueblos indígenas del sur de Brasil, incluso durante el período colonial (posiblemente en el siglo XVIII). En ese momento, fue representado por un niño indio de color canela y un culo, que vivía en el bosque de la travesura. Sin embargo, al migrar hacia el norte, el mito y los personajes fueron modificados para recibir las influencias de la cultura africana. El Sachi se convirtió en un joven negro con una sola pierna, porque, según el mito, el otro había perdido una pelea a aves de corral. Llegó a ser representado con una gorra roja y una pipa, típica de la cultura africana. Hasta hoy se le representa de esta manera. El comportamiento es el sello distintivo de este personaje del folclore. Muy divertido y juguetón, el SACI está preparando bromas todo el tiempo en los bosques y casas. viajeros asusta, se esconde objetos del hogar, hace ruidos, asustar a los caballos y los bueyes en los pastos así. A pesar de las bromas, no las actitudes prácticas con el fin de dañar a alguien o hacer el mal. El mito de que se mueve dentro de los remolinos de viento y la captura es necesario para jugar un tamiz sobre él. Una vez hecho esto, usted debe tener la tapa y sostenga el SACI en una botella.Sólo de esta manera se cumplirá su "dueño". Sin embargo, según el mito, el SACI no sólo está diseñado para jugar. Él es un conocedor de las hierbas importantes en el bosque, la fabricación de medicamentos y tés a base de plantas. Realiza un seguimiento y almacena todos estos secretos y conocimientos. Los que entran en los bosques en busca de estas hierbas debe, según la mitología, para pedir su permiso. De lo contrario, se convertiría en otra víctima de sus travesuras. La creencia en este personaje sigue siendo muy fuerte en la región interna de Brasil. Alrededor de las fogatas, los ancianos cuentan sus experiencias con el SACI a los más jóvenes. A través de la cultura oral, el mito se perpetúa. Sin embargo, el personaje llegó a los grandes centros urbanos a través de la literatura, la televisión y los cómics. Quien primero retrata el carácter tan brillantemente en la literatura infantil, fue el escritor Monteiro Lobato. En las historias de Sítio do Pica-Pau Amarelo, el SACI aparece constantemente.Vive con preparando los personajes del sitio. La leyenda se extendió por todo Brasil como la historia de Lobato ganó las pantallas de televisión, convirtiéndose en el espectáculo, transmitido durante las décadas de 1970-1980. El SACI también aparece en varios momentos de los libros de historietas sobre Chico Bento, Mauricio de Souza. Saci Día Con el objetivo de disminuir la importancia de la celebración de Halloween en Brasil, se estableció a nivel nacional en 2005, el Día de Saci (31 de octubre). Una manera de valorar más el folclore nacional, la disminución de la influencia de la cultura norteamericana en nuestro país. SACI Pererê FRANZ PEREIRA KREUTER LEYENDAS DE BRASIL Mitología y el folklore Entidad excepcional niño negro en una pierna, según la creencia popular, los perros viajeros pidiéndoles que fuman o trampa por caminho.Peralta y sin piernas, usa un gorro rojo y una pipa en la boca, y viven molestando vida de las personas. Se asusta a los animales en el pasto, dando el nodo de la cola de los caballos, trenza las crines y crea dificultades domésticas.A gorra roja pequeña es mágico y te hace invisible y aparecer o desaparecer en un remolino de vento.Ele se hace con el anuncio de un silbato estridente.Para las capturas se puede utilizar un rosario o un colador de bambú. Quien puede tomar su campana recibir "favores".El SACI habita en la imaginación de la gente común y es muy temido en los confines de nuestro interior ... pero no es malicioso, sólo lúdico. Su popularidad se debe mucho a Monteiro Lobato, que transformó el carácter en el "Sitio del Pájaro Carpintero Amarillo", donde Pedro, una de sus aventuras en el bosque de matorrales de bambú, tiene el Sachi. Desde entonces, le gusta predicar asusta tía Nastasia. Saci o Matin - En Pará y Amazonas, la imagen de SACI es un niño indio que va en una pierna y tiene el pelo del color del fuego. Gorret utiliza un color rojo y está siempre con su pipa. Dicen que el SACI es un viejo compañero de la India - un negro o viejo, andrajoso, cuyo canto imita su nombre y apellidos: Forma-Mati. Algunos creen que él es el hijo de Curupira, otros lo identifican como un pájaro pequeño salto sobre una pierna, también hay quienes dicen que sus manos están atrapados en el centro. mito del folclore brasileño, muy extendida en el norte a sur, a través de numerosas variantes: Cerere Saci, Taper Saci, Mati forma cónica, Pereira Matinta, Martin y Martin Tapirira Pererê. El mito tiene origen amerindio, de origen tupí-guaraní. Hubiera sido primitivamente una ornitomórfico mito: ave encantada, y aún hoy en muchas versiones, el SACI es un pájaro. se convirtió, más tarde, en el mito antropomorfo: un niño negro de pie a solas con una gorra roja y la pipa en la boca. De todas las maneras en que este último es el más popular. Es una especie de duende que vive en la noche, alterando los viajeros y arrieros, pidiendo humo y haciéndolos caminos equivocados. Es interesante que, aún hoy, entre los plantadores, hay humo de Saci de los árboles para evitar su daño. Dicen que por la noche, hace que la trenza de crines de los caballos y se silbando y gritando, "Sachi Pererê, me duele la pierna como lo que!".Todo está al revés, de la noche al día, en las fincas del interior, se asigna a ese demonio de Brasil folclore pintoresco. Además, tiene un placer especial en la leche agria, huevos de gallinas criadas en revertir y prevenir las palomitas palomitas de maíz. En el extremo norte, donde la influencia indígena es más intenso, el ornitomórfico mito primitivo sobrevive en forma de pájaro encantado Matinta Pereira, que trae la miseria y el sufrimiento. El mito de antropomorficação primitiva primitiva primitiva presenta una influencia indirecta del elemento negro. El Saci adquirió las características de niño juguetón. Otro cambio, la versión más compleja de Romãozinho también es un niño negro que hace una travesuras nocturnas en los patios, y en ocasiones dentro de sus propios hogares.Alrededor de este personaje formó una leyenda: Romãozinho era un niño negro travieso y malo, que golpeó a su madre y fue condenado a vagar en la noche a través de campos y bosques. Una de las figuras mitológicas más popular parece ser el Pererê Saci. Numerosos escritores lo han colocado en sus libros. Sin embargo, las características comunes varían. Comience a hacer sus apariciones en las historias de finales del siglo XVIII y posteriormente fijado al fantástico mundo de la cultura popular. El Pererê Sachi es un niño negro con una pierna, ágil, astuto y audaz, como fumar en pipa y lleva un gorro rojo (que da el poder de hacerse invisible).Perturbar la vida doméstica, la extinción del incendio y la quema de los alimentos, ocultando los objetos en el momento que más se necesitan, trenza de sus colas y crines de los caballos, pero nunca hace las cosas mal. También asusta a los animales. viajeros asusta, pidiendo humo. Aparece y desaparece en medio de un viento currupio. Para coger el SACI, se le pide que utilice un rosario, un tamiz o tres que dan un pedazo de paja. Es constante en el folclore del Sur, especialmente en las regiones habitadas por los indios tupí-guaraní, cuya lengua proviene el nombre. En varios sitios en el Estado de Saci Pererê historias. No es malicioso, pero como todos los niños traviesos. Iara Cuando la hechicera Circe, Odiseo aconseja a atarse al mástil de su nave y cubierta con cera los oídos de sus marineros que no podía oír el canto de las sirenas, ya era la noticia del peligro de su voz dulce y la forma en que se mortales. ¿Pero quiénes eran estas criaturas seductora y encantadora, cuyo canto no pudo resistirse a los hombres y dado a sus llamamientos fueron muertos y comidos? Las sirenas están asociados con el grupo de dioses de la muerte, como las Arpías y Euménides. Según la leyenda, vivía en la costa sur de Italia. Ellos tenían en un principio, el cuerpo de un pájaro con la cara de una mujer y busto. Pero con el tiempo ha cambiado la apariencia. La mitad de aves que su cuerpo fue sustituido por la cola de un pez. En la antigüedad, su mito estaba relacionado con el culto de los muertos. Esto también ha cambiado y el único documento las estatuas de sirenas en las tumbas. La sirena apareció en Brasil llevado por los colonos portugueses y ahora aquí como un pez-mujer, grabado en el siglo fabulário Ibérica XV. El sincretismo dio fácilmente añadiendo a los conocimientos indígenas, dando lugar a la Madre del Agua, como una de muchas madres de la concepción de las tribus aquí. Aun así, estos registros no son tan viejos, porque no encontraron nada sobre las crónicas de la época colonial. No hay documental brasileño conocido haciendo memoria de la madre del agua, muy chica con el pelo rubio y ojos azules, pero en la segunda mitad del siglo XIX. Pero aquí hay un sinnúmero de informes. En Portugal, de dónde venimos del mito, hay dos nombres para este mítico personaje: en la costa del continente, sirena. Y, en el archipiélago de las Azores, la Bruja Marina. Las canciones populares hacen referencia a uno u otro: "Allí, en medio de este mar les fue la señora Sirena allí en el palacio d'el rey " Y en las Azores: "Oíd escucha es: He oído el canto de un rico; Armadas deben ser o los peces del mar. " Para nosotros, el agua D'Madre, se presenta con diferentes nombres y formas, e incluso sexo: Iara, Iemanjá, Boto. Jaguarari, el hijo de tuxaua de Manaos, fue hermoso como el sol de la mañana, las aguas frescas del río Grande tuvo la fuerza y ​​la destreza del puma que domina la maleza, pero fue mayor que el atrevimiento de caza y la cara del enemigo .Cuando se embarcó en su Igara (canoa), deslizándose sobre las aguas en silencio, el arco, como el ala de un pájaro, sólo destacó, a través de la austeridad, a verlo, no huyen del río, y vinieron las trompetas lo saludan frotándose los pechos en el suelo. En los grandes partidos con la Tabas de Manaos, se reunieron trocano tambores, que se celebra la admisión de los jóvenes a la tira de los guerreros, los jóvenes no igualado orgullo Jaguarari en el tamaño ni la nitidez de la vista, o la firmeza del brazo. Los viejos lo respetaba, las chicas lo amaba, lo admiraba y los guerreros en sus esquinas nombre Jaguarari que sonaba como el primer día, contaría con el bien supremo en las Montañas Azules, el deseado Mansión de los Valientes. Cuando el florecimiento de mamaurana frondosos, sus Igara pasado a lo largo de la orilla del río, bajo las ramas verdes se inclinó sobre el arroyo, la brisa agitó las ramas y cubierto el cabello negro del hijo de tuxaua una lluvia de flores. En la tarde púrpura, ¿cuántas veces su canoa, al oeste y ruborescia sombra Tauxières esquís franja de árboles, no se levantó en la punta de la demanda Turumã, donde cae, solo, hasta el mediodía! - "¿Qué es esto de la pesca, el hijo, que se extiende entre las sombras, la única vez que Anhangá placeres en la gestión de las tierras y aguas que no ha oído su voz a cargo de The Wailers viento miedo, hijo mío, hijo mío? ! Anhangá se extiende por la hierba rastrera través de las hojas y las semillas de los arbustos que matan el dolor! " Así habló la madre tapuias pobre cuando vio a su hijo entrar en las horas de menor actividad de la casa paterna, que viene del río, y recibe la noche sin dormir en el, con las piernas colgando en la red, metió los codos en las rodillas y los ojos y los fondos de mirada triste, conmovedora, en el río para pasar la noche, el negro corazón de las tinieblas ... Las palabras de su madre con ternura, Jaguarari respondió con una mirada, esos ojos de mirada triste y la espalda, donde se sintió la profunda polarización de vértigo. - ". Hijo, no hace mucho tiempo, la alegría voló a la flor de tus ojos como el pato a la superficie del estanque ¿Por qué estaba haciendo tan lejos de ti y de mí, su nido?". - "Mamá", murmuró él sólo, haciendo un gesto vago. Y su cuerpo, que tenía la frescura y la savia del tallo de una palmera, cada vez que marchita, roaz termitas picado su corazón. También acompañó a la tuxaua en expediciones de caza y su brazo no tiembla en el rugido de Canguçu. Pero en la noche, evite los jóvenes guerreros que ponen trampas para la detención aves silvestres y huye de los grupos que deambulan por las copas de los ríos lanzar redes de pesca. Solo, la luz rebota Igara y volar hasta la punta de Turumã donde sus compañeros lo ven desde lejos, con los ojos mirando en el espejo de las aguas, triste y solitario como el maguari meditativo. Un día, lleno de temores triste, su madre exclama: - "Hijo, Jurupari perversa envenenado el aire que respiramos Acauã (ominoso pájaro) está cantando en la puerta de su padre quiere acabar por lo tanto, la casa comunal nueva para nuestra gente Sólo entonces volverá el pájaro al aleteo de alegría en sus ojos... ... " Después de largo silencio, Jaguarari suspiró: - "Madre, yo la vi !.... me vio a su madre, flotaba como nenúfares en flor en las aguas del arroyo Es hermoso como la luna en las noches más ligeros que vio a su madre Su pelo es color de..! Flores d'palo de arco y el sol, con las mejillas rosadas de conseguir las plumas y flores de Sapucaia cuchara Las aves más que cantar no cantan como ella. ella es tan bella como cualquier hombre de las Tabas "Gran Río vio ni ver. Cantó y su propia voz Turumã cascada dejó de roncar y se detuvo, el derecho a escucharlo. Ella me miró, la madre de O, y extendió los brazos. Entonces se dividieron las aguas y cayó a su casa, que se libró allí en el fondo del cielo en un tiempo no muy lejano, cuando el cielo se extendía debajo de nosotros como la pradera teñida de flores, antes de ascender y un arco sobre la cabeza de su caparazón estrellas. Pero quiero volver a verla, todavía quiero escuchar tu canto! " El tapuias exclamó con horror: -! "!.! Corre, corre ese lugar maldito Nunca Igara sus demandas a la punta de Turumã Ejecutar, a mi hijo" Usted vio la Iara Su canción está muriendo Jaguarari huir es el Iara Desde el interior de sus ojos verdes usted! Muerte a los espías! " Y en el tapuias edad sollozos se echó en el suelo. Al día siguiente, el momento cuando las parejas van a la punta alta, hendiendo el aire en el momento del aterrizaje de la demanda de la noche, Igara Jaguarari cayó en las aguas del Río Negro. Los jóvenes que lo vio pasar manaus, dijo: - "Ahí va pavo real Jaguarari bajo de la pesca." Pero, de repente, un grupo de mujeres que lavan ánforas de arcilla del río llegó un grito: - ". Ejecutar, Ejecutar chicos, ven a ver!" Se produjo en el joven y se quedó atónito, mirando a la barra del horizonte, las aguas rompieron Jaguarari pie con los brazos abiertos, como un gran pájaro salvaje a punto de lograr el vuelo. El Igara parecía marchar hacia el sol con el fin de carrera a grabar su disco. Y junto al joven guerrero, vinculándola a darle un beso, apareció en un halo de luz plateada que se destacaron en el color de la puesta del sol, un cuerpo blanco de manera armoniosa, coronada con largas hebras de hilo de oro en tumbo. IARA, REINA DE LOS RÍOS El Iara sirena de Brasil va por el nombre y la vida en los ríos profundos, bosques vírgenes en la sombra. Cuenta la leyenda que una noche un indígena del Amazonas soñado con una bella mujer de pelo rubio, ojos azules y tez blanca. Este cuento fue la entrada de un cristal enorme castillo cubierto de oro y zafiros en el que venía de una música celestial. La pareja se enamoró a primera vista y oído de una mujer hermosa ofrecer su amor eterno. Un día en barco, vio el indio formado en el agua y una cabaña, detrás de la ventana, apareció la mujer de sus sueños que él sonrió. Apasionado y fue hechizado por la cabaña que flotaba sobre el agua. El padre puede ver que el cuerpo de la mujer india había una cola como un pez, y, agarrando a su hijo, saltó al agua, buceo, para no volver jamás. Algunos cultivadores indígenas cambiando y juro haber visto el Iara, ya que llegó a ser llamado. en muchos ríos y arroyos. La creencia en este mito es tan grande, que los lugares donde vive Iara, según la tradición, nadie se atreve a ir a cierta hora de la tarde. En algunas ocasiones, se dice, ella aparece con las piernas para transformar luego en una sirena. Es esta forma que atrae a sus víctimas.Para deshacerse del poder de seducción de Iara, asesorar a los indios, que usted debe comer mucho ajo y frotar todo el cuerpo. Existen numerosas leyendas que rodean Iara, sus encantos y ardides. Es el mito de que la mayoría de los poetas brasileños inspirado. José de Alencar, por ejemplo, incluye la novela "El Retorno del IPE", un cuento sobre una ninfa del agua, que aparece en un palacio de oro y brillantes en el mar. La mejor conocido simbolismo de la sirena es la seducción mortal. Sin duda, ella es una seductora ("El ala de la sirena son el amor de una mujer que está dispuesta a dar y volver a", escribe Pierre de Beauvais). Pero la pasión que inspira inflamable es peligroso porque se trata del sueño y el inconsciente, por lo que el sueño de tontos, el fantasma de lo irreal. Para preservar la pasión ("el amor es ciego!"), Usted debe, al igual que Ulises se aferra a la dura realidad del mástil. Bajo la influencia de Egipto, en el que se representaba el alma del difunto en la forma de un pájaro con cabeza humana, la sirena se ha convertido en la representación simbólica del alma del fallecido, que fracasó en su destino y se convirtió en un comedor de vampiro. Rosane Volpatto Bibliografía Los misterios de las mujeres - M. Esther Harding Bibliografía del folklore brasileño - Nacimiento de BraulioCurupira Es interesante que generalmente utiliza el artículo masculino definido "el" para referirse a esta entidad asombroso bosque a las que se presta sólo el atributo femenino de la maternidad. De hecho, en Pará o Amazon, no se refieren a esto como resulta ser una mujer: es siempre "el Curupira", pero sin embargo se reconoce de manera general para proteger la flora y fauna bajo el nombre genérico y amplio " madre de la selva. "Descrito como un pequeño ser con rasgos indios, algunos con los pies vueltos hacia atrás, de color oscuro, el curupira tiene el don de hacerse invisible. Guardián de los bosques y los animales, pero tiene un efecto protector de los que saben cómo relacionarse con la naturaleza, usando sólo para su supervivencia, es decir, el hombre que derriba los árboles para construir su casa y su mobiliario, o acudir a su cortado y la caza para la alimentación sólo tiene la protección de Curupira.Pero los que talar el bosque sin que, a los que maltratan a los animales y las plantas, los que a la caza de pura perversidad, que tienen en Curupira un enemigo terrible. ¿Y cómo Curupira se venga de los que violan la naturaleza? Hay muchas maneras diferentes e historias de pueblos de los bosques y más historias ... Dicen que el mal cazador Curupira hacer perder la pista de la carrera y correr por las ramas, volviendo siempre al mismo lugar. Para escapar y salvarse a sí mismo sólo por el acaparamiento de una vid en el bosque, haciendo un trenzado, enterrando las puntas, jugar sin mirar hacia atrás y gritando: • Curupira quiero ver si se puede deshacer lo torcido! Ante el reto, Curupira recogerá la vid entrelazadas y distrae su atención de los cazadores, que acaba de encontrar su camino de regreso. Otra manera de llegar al mal es la causa de su arma (arco y la flecha, la lanza o arma de fuego) es "desafortunado", o mala suerte, y por lo tanto incapaces de alcanzar cualquier objetivo, especialmente la caza. Para finalizar la "panemice" (mala suerte), debe buscar un chamán que hará baños de hierbas y rezar oraciones especiales.
  
Si el cazador mata a una mujer con diseños de animales, hay Curupira se pone muy enojado y hace que el turno de juego meuã supuesto. meuã vuelta de repente se comportan como si fuéramos, y haciendo gestos como pidiendo misericordia.En este punto, el cazador es perseguido, no puede apuntar más huye aterrorizada y, buscando el camino a casa. Usted también tiene que buscar un chamán. Dicen que la gente a su vez, los animales "meuã" nunca quiso saber sobre la caza ... Como se ve, el Corupá - la madre de la selva es, ante todo, hoy en día, en una organización del medio ambiente ... BotoHay dos tipos de delfines en el Amazonas, el rosa y negro, cada uno diferentes especies con diferentes hábitos y participan en diferentes tradiciones. Viajando a lo largo de los ríos es común ver a un buceo con delfines o el agua ondulante en la distancia. Si el botón que dice tucuxi negro o es agradable y ayuda a salvar a la gente de ahogarse, pero el rosa es peligroso.Visión de ser ineficientes, los delfines tienen un sofisticado sistema de sonar que les ayude a navegar las aguas turbias del río Amazonas.Después de los seres humanos que son los mayores depredadores de los peces.LeyendaLa leyenda del delfín es más una creencia que las personas utilizan para recordar o contar una broma cuando una niña conoció a un nuevo novio en las fiestas de junio. Jerk es una tradición del pueblo de la Amazonía celebrar el nacimiento de San Antonio, San Juan y San Pedro. En estas noches se hacen fogatas, cohetes para disparar mientras disfrutan de comidas típicas y bandas de baile y otros bailes al son de acordeones alegre. Las leyendas dicen que en estas noches, cuando la gente está distraída celebrar el delfín rosado de río se ha transformado en un hombre joven y bella y elegante, pero siempre con un sombrero, ya que su transformación no es completa, porque sus fosas nasales están en la parte superior de su cabeza, lo que hace un agujero. Como un caballero, que los encantos de la conquista y la primera chica bonita que se encuentra y la lleva al fondo del río. Durante estas fiestas, cuando un hombre aparece con un sombrero, la gente pide que se retire para que él no piensa que es un delfín.Boitatá El Boitatá es el genio que siempre protege a los prados y castigar a los que prendieron fuego a la maleza. Muy a menudo aparece en la forma de una serpiente muy grande con dos ojos enormes que parecen faros. A veces también está el aspecto de un buey gigante, brillante. Fue mucho tiempo que no todas las noches. La gente estaba aterrorizada, pensando que el día no va a volver. Y como la noche era demasiado dura, todo estaba desorganizado. No había más carne.Los cultivos no se podía hacer en la oscuridad y se perdieron. Todos estaban cansados ​​de la oscuridad de esa noche extraña, donde brillaba la luna o las estrellas, donde no se oía un rumor, ni se sentía el olor de la hierba y el aroma de las flores. Tan grande era la oscuridad, la gente tenía miedo de alejarse y no encontrar el camino más. Ellos estaban reunidos alrededor de pequeños incendios, aunque las brasas cubiertas de cenizas, vapor mal ... Nadie se atrevió a volar, incluso en ellos, eran todos tan desanimado. No lejos de allí en una cueva oscura, vivió Boiguaçu - la Gran Serpiente - casi siempre dormido. En ambos viven en la oscuridad, sus ojos se habían crecido y crecido como dos faros. Al comienzo de la larga noche y llovía tan fuerte y, a continuación todos los lugares bajos se inundaron. Los animales afectados huyeron en masa, a los lugares más altos. Sólo si oyeron gritos, abucheos, gritos. Lo que salvó a la gente de los incendios, entonces, se había encendido.Si no fuera por esto, no habría sobrevivido antes de que multitud de animales aterrorizados. El agua también invadió la cueva donde vivía Boiguaçu. Costó mucho que se despierta y casi se ahogó. Por último, despertó, dándose cuenta del peligro, salió del escondite y se dirigió a donde estábamos los demás animales. Dada la necesidad, todos terminamos amigos, perdices, jaguares, caballos .... Menos Boiguaçu.Su temperamento no se le permitió relacionarse con los demás. Hizo a un lado, en la medida de lo posible. La lluvia cesó, pero la oscuridad lo hizo, los animales fueron incapaces de encontrar el camino de vuelta. Pasó el tiempo y el endurecimiento de hambre. Empezaron a pelear entre sí. Lucharon en la oscuridad, sin ver nada! Sólo Boiguaçu vio todo con sus ojos de fuego. Resulta que si los otros animales sienten hambre, Boiguaçu también iba con el estómago en el fondo. Pero no había atacado a causa de la gran cantidad de animales. Si la serpiente puede ser mucho tiempo sin comer, los otros animales ya no podía. Se dio cuenta de esto y vio que era el momento.Preparó para el ataque. Qué comer primero? Un caballo? Una onza? Una perdiz? Había tantos, que no sabía. Los insectos tienen preferencia por cierta cosa. El Boiguaçu especialmente gustaba comer ojos.¿Qué tan grande era la cantidad de animales que puedan atacarla, naturalmente, estaría satisfecho comiendo sólo los ojos. El animal que estaba más cerca era más que un tigre enorme. El Boiguaçu la atacó. Era otro tiempo y onza no habría sido como presa fácil, no!Sin embargo, debilitado por el hambre y ciego por la oscuridad, ella no reaccionó. La oz Boiguaçu mató y se comió los ojos. Poco después, atacó a otros animales. Pero acaba de comer el ojo. Me gusta tanto que no hizo nada. O más bien estaba dormido. Cuando él estaba satisfecho de nuevo, en un rincón y se durmió y durmió ....Entonces, cuando el hambre volvió, regresó a su trabajo de matar a sus compañeros. Como su piel es muy delgada, ella comenzó a recibir la luz, la luz de los ojos innumerables ingestión. Los que vieron la serpiente no reconocer más Boiguaçu y pensé que era una nueva serpiente. Le dieron entonces el nombre de Boitatá, es decir, el fuego el nombre de serpiente, muy adecuado, ya que realmente fue una gran racha de fuego, un fuego triste, fría, azulada. Desde entonces, la gente ya no se calma. Ellos vivían en el temor de ser atacado por el monstruo.La forma en que caminaba matar a los animales, sólo hay que atacar a la gente. Sin embargo, tuvieron suerte. La preferencia de Boitatá era su propia ruina. Los ojos y acaba de comer, por lo que fue haciéndose más y más débil, también, porque el ojo no es compatible, aunque satisfecho el apetito.Estaba tan débil que murió, sin poder levantarme de la, en cualquier lugar! El monstruo está muerto, pero su luz se propaga por los pantanos y los cementerios de hoy y puede adoptar la forma de una serpiente o un toro.Parece que para el castigo, Boitatá estuvo a cargo de la supervisión de las llanuras. Una vez que murió, llegó el día de nuevo. Fue una alegría tremenda. La gente sonríe y volvió a cantar a los pájaros. Todo lo que finalmente volvió a como era antes. Hay informes de que la primera versión de la historia fue hecha por el Padre José de Anchieta, que llamó a la Mbaetatá ​​Tupi plazo - Lo fuego. La idea fue una luz que se movía en el espacio, entonces, "vino la imagen de la marcha ondulante de la serpiente." Fue esta imagen que está consagrado en la Boitatá imaginación popular se describe como una serpiente con ojos que parecen dos faros, tapicería de cuero transparente, brillante en las noches que aparece a deslizarse en las praderas, los bordes de los ríos. En Santa Catarina, la figura aparece de la siguiente manera: ". Como las garras del gigante con un gran ojo derecho en el centro de la frente, brillando como un tizón de fuego", un toro La versión que prevaleció fue el de Rio Grande do Sul esta región, cuenta la leyenda que hubo un período de la noche sin fin en el bosque. Más allá de la oscuridad, hubo una inundación masiva causada por las lluvias torrenciales. Asustado, los animales corrieron a un punto más alto con el fin de protegerse. El boiguaçu, una serpiente que vivió en una cueva oscura, está de acuerdo con la inundación, y los hambrientos, decide salir en busca de alimentos, con la ventaja de ser el único animal acostumbrado a ver en la oscuridad.Decide comer la parte que él quería, los ojos de los animales. Y por eso su consumo es conseguir cualquier brillante, lleno de luz de todos estos ojos.Su cuerpo se convierte en alumnos reunidos brillante bola de fuego, flash boitatá en vivo, serpiente de fuego. Mientras que los alimentos frugales! boiguaçu deja muy débil. Ella muere y vuelve a aparecer en los vientos suaves maderas.¿Quién encontró que se trata de disfrutar en las llanuras puede quedar ciego, morir y exasperante aún. Así que, para evitar el desastre hombres creen que tienen que estar quieto, sin respirar. y los ojos cerrados. El intento de deslizamiento plantea riesgos porque el camino puede imaginar que alguien que disparó en el bosque. En Río Grande do Sul, se cree que el "boitatá" es el protector de los prados innata y el agua. La verdad es que la idea de una serpiente de luz, protector de los prados y campos aparece con frecuencia en la literatura, especialmente en las narraciones de Río Grande do Sul Las historias anteriores son parte de un conjunto mucho más grande de nuestras tradiciones populares, que desde el siglo XIX son objeto de intenso interés y controversia entre los antropólogos y estudiosos en general. Una de las primeras preguntas que agudizan la curiosidad es saber sobre el origen, aunque muchas veces los elementos son tan mezclado y transformado para que sea imposible rastrear la fuente original.Indique hipotética fuente, que se realiza mediante el sacrificio de toda la narración, explica poco acerca de las adaptaciones que sufre en el tiempo y el espacio, al migrar de una región a otra y recibir nuevas influencias. De hecho, en este caso, tanto el término como Mboitatá Caapora denunciar la tradición india. Pero las excavaciones para comprobar la fuente no se da cuenta de algunos aspectos muy interesantes. Uno de ellos es darse cuenta de que estos, como tantas otras historias se narran crudo ciertas situaciones: estas situaciones son, y que cuenta para quién? ¿Tiene la misma región donde, en principio, sería más arraigadas de la misma manera sería compartida por todos los habitantes? No hay que olvidar que estas historias requieren, para los que creen en él, ciertas actitudes y sentimientos revelan algunos de los peligros de la selva, sino que también a menudo sirven como justificación, que es el caso de un cazador sin éxito, puede asignar a los malos la suerte de haber enfrentado la Caipora. En las regiones donde existe la transmisión oral de estas historias juegan un papel muy importante en la socialización. Contar y escuchar "cuentos" es una actividad divertida, para pasar el tiempo libre. Recreación, las personas están incorporando los valores del grupo en el que viven, y así aprender cómo proceder cuando se van, por ejemplo, para cazar. En la historia de Caipora se inculca la idea de que debe establecer límites a matar a la presa, y en días festivos o los viernes se deben evitar los bosques. Otras historias como Cuca, nuestro hombre del saco del universo infantil, enseña que los niños deben ir a la cama temprano, sin hacer daño antes de acostarse.Pero el papel de la narración en un grupo de recolectores o un grupo de pescadores, sobre todo cuando no tienen mucho contacto con la vida en la ciudad, es distinta de la función de estas mismas historias en las vidas de los niños de clase media que escucharon las historias de su enfermera o educación de los adultos que escuchan a partir de fuentes autóctonas, los padres, instituciones educativas y las industrias culturales y por lo tanto participar al mismo tiempo de la cultura popular y alta cultura. Pero incluso dentro de la misma región, hace que sea posible encontrar un consenso sobre la ausencia de la creencia en seres fabulosos. Esto es lo que sucedió con el antropólogo Eduardo Galvão, cuando se encontraba en 1948 en la región del bajo Amazonas. Para recopilar historias de seres sobrenaturales, que se encuentran tanto las declaraciones crédulos, en especial los extractores de caucho y pescadores, que hizo una descripción detallada de sus encuentros con seres sobrenaturales, los puntos de vista escéptico de los residentes que se refiere a la creencia en Curupira como "abusão de las personas mayores" O señaló, "son sólo leyendas." ¿Tienes un informe de un aldeano que dijo Curupira creer, aunque nunca tuvo una experiencia de carácter personal con el ser, como él narra las historias que se les dijo que él por su abuelo. Los hechos descritos anteriormente por Galván, Santos, y Visagens indican que estas historias son compartidas por el pueblo brasileño de otra manera, en la misma temporada o en diferentes épocas y generaciones. Sin embargo, puede tener en cuenta que estas tradiciones populares se afirma a menudo como un medio de revelar todos los brasileños o identificar el modo de ser, pensar y actuar en una región del país. Siguiendo una tradición que, según Peter Burke, comienza a finales del siglo XVIII en Europa. Arinos. Leyendas y Tradiciones de Brasil, considera que el descubrimiento de la cultura popular que no es "un tesoro olvidado opulenta". Y añade: "La exploración es, recoger los puñados, el tacto que por la verdadera fuente de la vida de nuestra raza y que se repetirá con ustedes el milagro de Fausto". Si bien puede relativizar el tono de la minería ufanístico escritor excesivo, no hay duda de que varios escritores brasileños de la modernidad, como Mario de Andrade (Macunaíma), Raul Bopp (Cobra Norato) y Guimarães Rosa (Gran Desierto: Senderos) , por mencionar algunos de los más importantes, fueron siempre muy atento a las tradiciones populares de Brasil, lo que demuestra que estas tradiciones migran y se incorporan por la alta cultura.Guaeira Waldeck EUNARTE Folk-Goordenação Cobra Norato Cascada en el Paraná, entre la Amazonía y trompetas, nacido Honoré y su hermana María, María Caninana. La madre estaba embarazada cuando ella se estaba bañando en el curso del río. Los niños eran gemelos, y vino a la tierra en forma de dos serpientes oscuro. El tapuias los bautizó con el nombre de María y Honoré cristiana. Y sacudió las aguas del Paraná, ya que no podía vivir en la tierra. Creado libremente, dando la espalda al sol negro, que se sumerjan en el oleaje y resoplando de alegría salvaje. El pueblo los llamó: Cobra Norato Caninana y María. Cobra Norato era fuerte y bueno. No hace daño a nadie. De vez en cuando vino a visitar Tejupá tapuias de edad en la cascada. Nadó hasta la orilla esperando la noche. Cuando las estrellas apareció y dejó de cantar Chachalaca, Honorato salió del agua, arrastrando el enorme cuerpo a través de la arena que chirriaba. Coleando Viña, subiendo por el barranco. All shook up, brillantes escamas en la luz de las estrellas. Y que el cuero de serpiente monstruosa, de pie en torno a un hermoso blanco. Podría comer y dormir en Tejupá mama. El cuerpo de la serpiente estaba tendida a lo largo del Paraná. Al amanecer, antes de canto del gallo pasado, Honorato por el barranco, se adentra en la serpiente estaba inmóvil. Sacudió. La serpiente, vivo y lo feo, remergulhava aguas del Paraná. Volver al Cobra Norato. Él salvó a muchas personas de ahogarse.Derechos de los montes y ganó peces grandes y feroces. Gracias a él las Trompetas piraíba río salido de la región, después de una lucha de tres días y tres noches. María Caninana era violento y malo. Inundado de los barcos, matando a los náufragos atacó a los mariscos que pescaban daño a los peces pequeños. Nunca trató de la Tejupá tapuias de edad que vivía en la cascada. En la ciudad portuaria de Óbidos, Pará, una serpiente viva dormir con encanto, escondidos en el suelo con su cabeza bajo el altar de la Señora Ana, que es la iglesia madre de la Virgen. La cola es en el fondo del río. Si se despierta a la serpiente, la Iglesia va a caer. Maria poco Caninana la serpiente para ver la caída de la iglesia. La serpiente no estaba de acuerdo, pero se movió. La tierra agrietada, desde el mercado hasta que la Madre de Obidos. Cobra Norato Caninana mató a María porque ella era violento y malo. Y él estaba solo, nadar en los arroyos, los ríos, en el silencio de paranás. Cuando había putirão harina, frutas dabucuri plantados en las aldeas a lo largo del río Snake Norato desencantados por el tiempo que las chachalacas dejar de cantar, y la escalada, todo en la danza blanca, y ver a las chicas, hablar con los muchachos, por favor, el viejo. Todo el mundo estaba feliz. Luego se oyó el sonido de buceo serpiente. Era la madrugada y Cobra Norato que cumplir con su destino. Una vez al año Cobra Norato invitar a un amigo para desencantar a ella. Amigo o amiga. Podría ir en el río Paraná, y encuentra la serpiente muerta como dormir, boca abierta, los dientes finos, plata en huelga en la oscuridad, moviendo la boca abierta en tres gotas de leche y dar a la mujer una herida en la cabeza con la virgen de hierro de la cobra dibujados en la arena. Cobra cierra la boca y la herida le daría tres gotas de sangre. Honoré era un solo hombre, para el resto de la vida. La serpiente del cuerpo fue quemado. No importaba. Bastaba con que alguien tuvo el valor. Mucha gente, lo siento por Honorato, fue en acero virgen y leche fresca de una mujer, ver la serpiente dormir en la cuneta. Era tan grande y tan feo, durmiendo como un muerto, encantada. El tapuias antiguo de la cascada, sí, era y tenía miedo. Cobra Norato siguió nadando y silbidos en las grandes aguas de la Amazonía Trompetas, yendo y viniendo, como un incesante desesperada. En putirão famosa nadó Cobra Norato el río Tocantins, llegando a Cameta. Dejó el cuerpo en la orilla del río y estaba bailando, bebiendo y hablando. Se hizo amigo de un soldado y le pidió que desencantar. El soldado estaba con la botella de leche y no un hacha para cortar madera, acero virgen. Vio a la serpiente se estiró, durmiendo como muertos. la boca abierta. Volteado tres gotas de dientes de leche. El hacha cayó, el estado de ánimo en la cabeza cocuruto. El brillante sangre. La serpiente se sacudió y se detuvo. Honorato un suspiro de relajación. Vino a ayudar a quemar la serpiente, donde había vivido tantos años. Las cenizas volaron. Honoré se convirtió en el hombre. Y murió, muchos años después, en la ciudad de Cameta, Pará No es este río y la tierra Para que ignoran la vida de la Cobra Norato. Son aventuras y batallas. Piragüistas, superando Jacumã, punto a las esquinas, lo que las paradas inolvidable: "Ali fue, cada día, Cobra Norato ...". 
Fotos! 
Saci-Pererê   Iara Rainha das aguas   Curupira
Boto  Boitata  

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